Três dias antes da peça, Tiny e eu estamos conversando novamente enquanto esperamos o início da aula de pré-cálculo, mas não há nada dentro de nossas palavras. Ele se senta ao meu lado e diz: “Oi, Grayson”, e eu digo: “Oi”, e ele diz: “O que conta de novo?”, e eu digo: “Não muito. E você?”, e ele diz: “Não muito. A peça está acabando comigo, cara”, e eu digo: “Posso apostar que sim”, e ele diz: “Você tá namorando Jane, hein?” e eu digo: “Meio que sim”, e ele diz: “Isso é incrível”, e eu digo: “É. Como vai o outro Will Grayson?”, e ele diz: “Bem”, e isso é tudo.
Sinceramente, falar com ele é pior que não falar. Falar com ele me dá a sensação de que estou me afogando em água morna.
Jane está parada diante do meu armário com as mãos atrás das costas quando chego lá depois do primeiro tempo, e ao me aproximar dela, acontece esse estranho, mas não necessariamente desagradável momento devemos-nos-beijar, ou pelo menos eu penso que é isso que o momento é, mas então ela diz:
— Uma merda essa história do Tiny, hein?
— O quê? — pergunto.
— Ele e o outro Will Grayson. Já era.
Inclino a cabeça pra ela, confuso.
— Não, ele acabou de dizer que estão bem. Perguntei a ele na aula de pré- cálculo.
— Foi ontem, pelo menos segundo Gary e Nick e as 23 outras pessoas que me contaram isso. Num balanço, ao que parece. Ah, a ressonância metafórica.
— Então por que ele não me contou? — Ouço minha voz travada quando pergunto.
Jane pega minha mão e se estica pra dizer em meu ouvido:
— Oi.
Então olho pra ela, tentando agir como se isso não tivesse importância.
— Oi — repete ela.
— Oi — respondo.
— Volte ao normal com ele, OK? Só isso. Fale com ele, Will. Não sei se você percebeu, mas tudo fica melhor pra você quando fala com as pessoas.
— Quer ir lá em casa depois da escola? — pergunto.
— Com certeza. — Ela sorri, então gira num semicírculo e se vai. Dá alguns passos antes de se virar outra vez e dizer: — Fale. Com. Tiny.
Por algum tempo, simplesmente fico parado diante do meu armário. Mesmo depois de todos os sinais soarem. Sei por que ele não me contou: não é porque ele se sinta estranho que, pela primeira vez na história da humanidade, esteja solteiro e eu (meio que) comprometido. Ele disse que o outro Will Grayson ia bem porque eu não tenho importância.
Tiny pode ignorá-lo quando está apaixonado. Mas, quando Tiny Cooper mente pra você sobre seu coração partido, o contador Geiger disparou o martelo. A radiação escapou. A amizade está morta.
Naquele dia, depois da escola, Jane está na minha casa, sentada diante de um tabuleiro de Scrabble e de mim. Escrevo caolho, que é uma ótima palavra, mas também abre espaço para uma palavra tripla pra ela. “Ah, meu Deus, eu te amo”, diz ela, e deve estar bem perto da verdade, porque, se tivesse falado isso uma semana antes, eu não teria nem dado atenção, e agora as palavras pairam no ar eternamente até que, por fim, ela quebra o constrangimento dizendo:
— Isso é uma coisa estranha pra se dizer pra alguém que você começou a namorar! Ah, uau, que esquisito! — Após um momento de silêncio, ela prossegue: — Ei, para aumentar o constrangimento, a gente tá namorando?
A palavra revira meu estômago um pouco e eu digo:
— Podemos estar não não-namorando?
Ela sorri e escreve relho, de 36 pontos. É absolutamente impressionante, a coisa toda. Suas omoplatas são impressionantes. Seu amor apaixonadamente irônico pelas novelas dos anos 1980 é impressionante. A maneira como ri das minhas piadas muito, muito alto é impressionante — e tudo isso só faz com que seja ainda mais impressionante que ela não preencha o vazio que Tiny deixou com sua ausência.
Para ser perfeitamente honesto, eu o senti no último semestre, quando ele foi se tornar presidente da AGH e entrei para o Grupo de Amigos. Provavelmente foi por isso que escrevi a carta ao editor e assinei. Não porque quisesse que a escola soubesse que eu a havia escrito, mas porque queria que Tiny soubesse.
No dia seguinte, minha mãe me deixa cedo na escola. Entro e deslizo um bilhete para dentro do armário de Jane, o que se tornou um hábito pra mim. Sempre um ou dois versos de algum poema na gigantesca antologia de poesia que minha professora de inglês do segundo ano usava pra dar aula. Eu disse que não seria o tipo de namorado que lê poemas pra ela, e não sou, mas acho que sou o tipo de idiota brega que escorrega trechos de poesia pra suas manhãs.
O de hoje:
“Vejo-te melhor no escuro/Não preciso de uma luz.” — Emily Dickinson.
E então me acomodo em meu lugar na aula de pré-cálculo vinte minutos adiantado. Tento estudar um pouco para a prova de química, mas desisto em vinte segundos. Pego o celular e verifico meu e-mail. Nada. Fico olhando pra sua carteira vazia, a carteira que ele preenche com uma plenitude inimaginável para o restante de nós.
Resolvo escrever um e-mail pra ele, digitando com os polegares em meu minúsculo teclado. Só estou passando o tempo, na realidade. Fico usando palavras longas e desnecessárias porque elas fazem a escrita absorver os minutos.
Não que eu sinta um desejo urgente de sermos amigos, mas queria que pudéssemos ser uma coisa ou outra. Embora eu racionalmente saiba que sua saída de minha vida é uma bênção generosa, que na maioria dos dias você não passa de um fardo de 130 quilos acorrentado a mim, e que você claramente nunca gostou da minha pessoa. Sempre reclamei de você e de sua imensidão generalizada, e agora sinto falta dela. Garoto típico, você diria. Não sabe o que tinha até perder. E talvez esteja certo, Tiny. Sinto muito por Will Grayson. Por nós dois.
O primeiro sinal por fim toca. Salvo o e-mail como rascunho.
Tiny se senta perto de mim e diz: “Oi, Grayson”, e eu digo: “Oi, como está tudo?” e ele diz: “Bem. Hoje tem um ensaio geral”, e eu digo: “Incrível”, e ele diz: “O que está acontecendo com você?”, e eu digo: “Este trabalho de inglês está me matando”, e ele diz: “É, as minhas notas estão impraticáveis”, e eu digo: “É”, e o segundo sinal toca e nós voltamos nossa atenção para o Sr. Applebaum.
Quatro horas depois: estou no meio da fila de pessoas que saem apressadas da sala de aula de física no quinto tempo quando, pela janela, vejo Tiny passando. Ele para, gira dramaticamente na direção da porta e espera por mim.
— Nós terminamos — conta ele com naturalidade.
— Foi o que ouvi falar. Obrigado por me contar... depois de contar pra todo mundo.
— É, bem — diz ele. As pessoas dão a volta em torno de nós como se fôssemos um coágulo sanguíneo na artéria do corredor. — O ensaio vai até tarde (vamos repassar tudo depois do ensaio geral), mas que tal uma ceia? Hot Dog Palace ou algo no gênero?
Penso por um minuto, lembrando do e-mail não enviado na minha pasta de rascunhos, e no outro Will Grayson, e em Tiny no palco me falando a verdade pelas costas, e então digo:
— Acho que não. Estou cansado de ser seu Plano B, Tiny.
Isso não o perturba, naturalmente.
— Bem, acho que te vejo na peça então.
— Não sei se vou conseguir ir, mas vou tentar.
Por alguma razão, é difícil ler a expressão de Tiny, mas acho que tenho um palpite. Não sei exatamente por que quero fazê-lo se sentir um lixo, mas é o que quero.
Estou indo para o armário de Jane quando ela surge por trás de mim e pergunta:
— Posso falar com você um minuto?
— Pode falar comigo bilhões de minutos — sorrio.
Entramos em uma sala de espanhol vazia. Ela gira uma cadeira e se senta, e o encosto da cadeira parece um escudo. Ela está usando uma camiseta justa debaixo de um casaco de abotoamento duplo, que acaba de tirar. Está extremamente bonita, tão bonita que me pergunto em voz alta se não podemos conversar na minha casa.
— Eu acabo ficando distraída na sua casa. — Ela levanta as sobrancelhas e sorri, mas vejo que isso é forçado. — Você disse ontem que estávamos não não-namorando, como se isso não fosse nada demais, e eu sei que faz uma semana e somente uma semana, mas eu, na verdade, não quero não não-namorar você; eu quero ser sua namorada ou não, e acho que a essa altura já está qualificado para tomar pelo menos uma decisão temporária sobre o assunto, porque eu sei que estou.
Ela abaixa os olhos por um segundo, e percebo que seu cabelo dividido ao meio forma um zigue-zague acidental no alto da cabeça, e tomo fôlego pra falar, mas ela continua:
— Além disso, não vou ficar arrasada nem nada do tipo. Não sou assim. Só acho que, se você não diz a coisa mais sincera, às vezes, essa coisa nunca se torna realidade, sabe, e eu...
Nesse momento eu levanto o dedo, porque preciso ouvir o que ela acabou de dizer e ela fala rápido demais pra que eu possa acompanhar. Continuo com a mão levantada, pensando que se você não diz a coisa mais sincera, ela nunca se torna realidade.
Ponho as mãos nos ombros dela.
— Acabo de me dar conta de uma coisa. Eu gosto muito, muito de você. Você é incrível, e eu quero muito ser seu namorado, por causa do que acabou de dizer, e também porque essa blusa me faz querer te levar pra casa agora e fazer coisas inqualificáveis enquanto assistimos a filmes da Sailor Moon. Mas-mas-mas você está totalmente certa em relação a dizer a coisa mais sincera. Acho que, se você mantém a caixa fechada por muito tempo, você mata, de fato, o gato. E, Deus, espero que você não tome isso como algo pessoal, mas amo meu melhor amigo mais que qualquer um no mundo.
Agora ela me olha, estreitando os olhos, confusa.
— É isso. Eu amo Tiny Cooper, porra.
Jane diz:
— Hã, ok. Você está me pedindo pra ser sua namorada ou está me dizendo que é gay?
— Primeira opção. A da namorada. Agora tenho de ir procurar Tiny.
Eu me levanto, dou um beijo no zigue-zague dela e então saio em disparada.
Ligo pra ele enquanto atravesso correndo o campo de futebol, pressionando a tecla do número 1 para discagem rápida. Ele não atende, mas acho que sei aonde ele pensa que estou indo, então vou para lá.
Assim que vejo o parque à minha esquerda, desacelero para uma caminhada rápida e ofegante, os ombros queimando sob as alças da mochila. Tudo depende de ele estar no banco de reservas, e é tão improvável que ele vá até lá a três dias da estreia da peça, e enquanto caminho começo a me sentir um idiota: o telefone dele está desligado porque ele está no ensaio, e corri até aqui em vez de correr até o auditório, o que significa que agora vou ter de correr de volta para o auditório, e meus pulmões não foram projetados para um uso assim tão rigoroso.
Desacelero ainda mais quando alcanço o parque, em parte porque estou sem fôlego e em parte porque, enquanto não posso ver o interior do abrigo do banco de reservas, ele está lá e não está. Observo um casal andando no gramado, sabendo que eles podem ver o banco, tentando saber pelos olhos deles se veem um gigante sentado no banco de reservas deste campo da Liga Júnior. Mas os olhos deles não revelam nada e eu simplesmente fico olhando enquanto eles andam de mãos dadas.
Finalmente, o banco fica à vista. E, porra, ali está ele, sentado bem no meio daquele banco de madeira.
Vou até ele.
— Você não tem ensaio geral?
Ele não diz nada até eu me sentar ao lado dele no gelado banco de madeira.
— Eles precisam de um ensaio sem mim. Ou vão acabar se amotinando. Vamos fazer o ensaio final um pouco mais tarde hoje.
— Então, o que o traz ao banco de reservas?
— Lembra que, logo depois que saí do armário, em vez de algo como “Tiny joga no outro time”, você costumava dizer: “Tiny joga no White Sox”?
— Sim. Isso é homofóbico? — pergunto.
— Não — diz ele. — Bem, provavelmente é, mas não me incomodou. De qualquer forma, quero pedir desculpas.
— Por quê?
Aparentemente, pronunciei as palavras mágicas, pois Tiny respira fundo antes de começar a falar, como se, imagine só, tivesse muito a dizer.
— Por não dizer na sua cara o que disse a Gary. Não vou pedir desculpas por ter dito aquilo, porque é a verdade. Você e suas malditas regras. E, às vezes, fica obsessivo, e tem algo de melodramático em sua atitude antimelodrama, e eu sei que sou difícil, mas você também é, e essa sua mania de bancar a vítima está muito velha, e além do mais você é muito egocêntrico.
— O sujo falando do mal-lavado — digo, tentando não ficar puto. Tiny tem um talento incrível pra furar a bolha de amor que sinto por ele. Talvez, penso, essa seja a razão de ele levar tanto pé na bunda.
— Rá! Verdade. Verdade. Não estou dizendo que sou inocente. Estou dizendo que você é culpado também.
O casal caminhando sai do meu campo de visão. E então finalmente me sinto pronto para banir o tremor que Tiny aparentemente pensa que é fraqueza. Eu me levanto, de modo que ele tenha de olhar pra mim e eu também tenha de olhar pra ele, e pela primeira vez, fico mais alto.
— Eu amo você — digo.
Ele inclina a cabeça gorda e adorável, como um cachorrinho confuso.
— Você é um péssimo melhor amigo — continuo. — Péssimo! Você me abandona totalmente todas as vezes em que arranja um namorado, e depois volta rastejando quando leva um fora. Você não me escuta. Parece nem gostar de mim. Está obcecado pela peça e me ignora totalmente, exceto para me insultar pra um amigo nosso pelas minhas costas. E você explora sua vida e as pessoas de quem diz gostar para que sua pecinha possa fazer as pessoas te amarem e pensarem o quanto você é incrível, liberal e espetacularmente gay. Mas sabe de uma coisa? Ser gay não é desculpa pra ser filho da puta.
“Mas você é o número um na minha discagem direta e quero que continue sendo, e peço desculpas por ser também um péssimo melhor amigo, e eu te amo.”
Ele insiste em manter a cabeça virada.
— Grayson, você está se declarando pra mim? Porque eu, quero dizer, não é nada pessoal, mas eu prefiro me tornar hétero a ter um caso com você.
— NÃO. Não, não, não. Eu não quero foder com você. Eu só te amo. Quando foi que quem você quer foder se tornou o mais importante? Desde quando a pessoa que você quer foder é a única pessoa que você ama? Isso é tão estúpido, Tiny! Quero dizer, meu Deus, quem se importa com a porra do sexo?! As pessoas agem como se essa fosse a coisa mais importante que os seres humanos fazem, mas vamos combinar. Como pode a porra das nossas vidas evoluídas girar em torno de algo que as lesmas podem fazer? Quero dizer, tudo gira em torno de quem você quer foder e se você fode com essa pessoa? Essas perguntas são importantes, eu acho. Mas não tão importantes assim. Sabe o que é importante? Por quem você morreria? Por quem acorda às 5h45 sem nem saber pra que ele precisa de você? De que bêbado você limparia o nariz?!
Estou gritando, girando os braços, e até minhas perguntas importantes se esgotarem, nem percebo que Tiny está chorando. E então suavemente, o mais suave que já ouvi Tiny dizer qualquer coisa, ele diz:
— Se você pudesse escrever uma peça sobre alguém... — E então sua voz falha.
Eu me sento ao lado dele e o abraço.
— Você está bem?
De alguma forma, Tiny Cooper consegue se contorcer de modo que sua cabeça imensa chore em meu ombro estreito. E depois de um tempo, ele diz:
— Longa semana. Longo mês. Longa vida.
Ele se recupera rapidamente, enxugando os olhos com a gola levantada da camisa polo que está usando por baixo do suéter listrado.
— Quando você namora alguém, tem os indicadores pelo caminho, certo? Vocês se beijam, têm A Conversa, dizem as Três Palavrinhas, vocês se sentam em um balanço e terminam. Pode-se assinalar os pontos em um gráfico. E vocês checam essas coisas um com o outro pelo caminho: Posso fazer isso? Se eu disser isso, você dirá também?
“Mas com amigos, não tem nada assim. Estar em um relacionamento, isso é algo que você escolhe. Ser amigo, isso é simplesmente algo que você é.”
Fico apenas olhando pro campo de futebol por um minuto. Tiny funga.
— Eu escolheria você — digo. — Porra, eu escolheria você, sim. Quero que daqui a vinte anos você vá à minha casa com seu cara ou seus filhos adotivos e quero que a porra dos nossos filhos sejam amigos e quero, tipo, beber vinho e falar sobre o Oriente Médio, ou sei lá que porra vamos querer fazer quando formos velhos. Somos amigos há tempo demais pra escolher, mas, se pudéssemos escolher, eu escolheria você.
— Tá, ok. Você está ficando um tanto sentimentaloide, Grayson — diz ele. — Isso está meio que me assustando.
— Entendi.
— Tipo, nunca mais diga que me ama.
— Mas eu te amo. Não tenho vergonha disso.
— É sério, Grayson, pare com isso. Você está me dando vontade de vomitar.
Eu rio.
— Posso te ajudar com a peça?
Tiny leva a mão ao bolso, tira um pedaço de folha de caderno e o entrega a mim.
— Pensei que você nunca fosse pedir — diz ele, sorrindo de forma maliciosa.
Will (e, em menor grau, Jane),
Obrigado por seu interesse em me ajudar nos ajustes finais de Me abrace mais forte. Eu me sentiria imensamente grato se vocês dois ficassem nos bastidores na noite de estreia pra ajudar nas trocas de figurino e pra acalmar os membros do elenco em geral (ok, digamos apenas: eu). Dali vocês terão uma visão excelente da peça.
Além disso, o figurino de Phil Wrayson está excelente, mas ficaria ainda melhor se tivéssemos algumas roupas típicas de Will Grayson para Gary usar.
E mais: pensei que teria tempo de gravar uma playlist pré-show no qual as faixas ímpares fossem punk rock e as pares temas de musicais. Mas, na verdade, não terei tempo pra fazer isso; se vocês fizessem, seria verdadeiramente fabuloso.
Vocês formam um lindo casal, foi um imenso prazer reuni-los e de modo algum me ressinto pelo fato de ambos deixarem de me agradecer por tornar seu amor possível.
Eu continuo...
Seu fiel cupido e criado...
Labutando sozinho e recém-solteiro em um mar de dor pra levar um pouco de luz a suas vidas...
Tiny Cooper
Rio enquanto leio, e Tiny também, concordando com acenos da cabeça, apreciando a própria genialidade.
— Sinto muito pelo outro Will Grayson — digo.
O sorriso dele se fecha. Sua resposta parece dirigida mais ao meu xará do que a mim.
— Nunca houve alguém como ele.
Não acredito nas palavras dele, mas então ele solta o ar com os lábios fechados, os olhos tristes estreitados olhando para a distância, e passo a acreditar.
— É melhor eu começar com isso, hein? Obrigado pelo convite para os bastidores.
Ele se levanta e começa a balançar positivamente a cabeça como às vezes faz, o gesto repetitivo que me diz que está se convencendo de alguma coisa.
— Sim, eu tenho de voltar pra enfurecer o elenco e a equipe técnica com minha direção tirânica.
— Vejo você amanhã, então — digo.
— E todos os outros dias — retruca ele, me dando um tapinha forte demais entre as omoplatas.
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