NO DIA DA CONDENAÇÃO, eu estava uma pilha de nervos. Tinha medo de tropeçar, de esquecer a fala. Pior, tinha medo de falhar. A única coisa com que não precisava me preocupar era minha roupa. Minhas criadas tiveram de consultar a chefe das costureiras para criar um traje apropriado para mim, embora eu não pudesse usar um termo tão simples quanto apropriado para descrevê-lo.
Mais uma vez, de acordo com a tradição, todos os vestidos seriam brancos e dourados. O meu era de cintura alta e um ombro só; a alça no lado direito cobria minha cicatriz sem deixar de ser linda. A parte de cima do vestido era justa, e a saia, fina e esvoaçante, com apliques de renda dourada que tocavam o chão de leve. Também era pregueado atrás, formando uma pequena cauda. Quando me olhei no espelho, pela primeira vez achei que parecia mesmo uma princesa.
Anne pegou o ramo de oliveira que eu deveria levar e o pôs em meu braço. Nós deveríamos colocar os ramos aos pés do rei para simbolizar a paz em relação a nosso soberano e nossa intenção de respeitar a lei.
— A senhorita está linda — disse Lucy.
Sorri para ela. Já tinha notado como ela andava calma e confiante ultimamente.
— Obrigada. Gostaria que todas vocês estivessem lá — falei.
— Eu também — Mary suspirou.
Sempre formal, Anne voltou a atenção para mim novamente.
— Não se preocupe, senhorita; tudo será perfeito. E nós assistiremos com as outras criadas.
— Mesmo?
Era encorajador, mesmo que não estivessem entre o público.
— Não perderíamos por nada — garantiu Lucy.
Uma batida seca à porta interrompeu a conversa. Mary a abriu, e fiquei feliz quando vi que era Aspen.
— Estou aqui para acompanhá-la até a Condenação, senhorita America — ele disse.
— O que achou do nosso trabalho de costura, soldado Leger? — perguntou Lucy.
— Vocês se superaram — Aspen respondeu, com um sorriso malicioso no rosto.
Lucy deu uma risadinha, que Anne logo cortou enquanto fazia os ajustes finais em meu cabelo. Desde que eu descobrira seus sentimentos por Aspen, tinha ficado óbvio o esforço que ela fazia para parecer perfeita diante dele.
Respirei fundo, me lembrando da multidão à minha espera no primeiro andar.
— Preparada? — ele perguntou.
Fiz que sim com a cabeça, ajeitei de novo o ramo e segui em direção à porta, olhando para trás uma só vez para ver os rostos felizes de minhas criadas. Dei o braço a Aspen, e seguimos pelo corredor.
— Como você está? — perguntei despreocupadamente.
— Não acredito que você vai levar isso adiante — ele rebateu.
Engoli em seco. O nervosismo voltou no ato.
— Não tenho escolha.
— Você sempre tem escolha, Meri.
— Aspen, você sabe que não gosto disso. Mas, no fim das contas, é uma pessoa só. E uma pessoa culpada.
— Culpada como os simpatizantes dos rebeldes que o rei rebaixou de casta. Culpada como Marlee e Carter.
Eu nem precisava levantar os olhos para perceber que ele estava enojado com tudo aquilo.
— Não é a mesma coisa — balbuciei, sem soar nem um pouco convincente.
Aspen parou de repente e me forçou a encará-lo.
— É sempre a mesma coisa com ele.
Seu tom de voz era muito sério. Aspen tinha mais informações do que a maioria das pessoas porque fazia a segurança durante reuniões ou entregava pessoalmente ordens do rei. Naquele momento, era evidente que escondia um segredo.
— Eles são mesmo ladrões? — perguntei discretamente, assim que voltamos a caminhar.
— São, mas não do tipo que merece os anos de cadeia que receberão hoje. E serão exemplos bem eloquentes para seus amigos.
— O que você quer dizer?
— São pessoas que cruzaram o caminho do rei, Meri. Simpatizantes de rebeldes, homens que falam demais sobre as tiranias cometidas por ele. A condenação vai ser transmitida para todos. As pessoas que esses homens tentaram influenciar assistirão a tudo isso e contarão aos outros o que acontece com quem tenta contrariar o rei. É tudo de propósito.
Soltei meu braço e disse, com os dentes cerrados de raiva:
— Você está aqui há quase tanto tempo quanto eu. Alguma vez deixou de entregar uma sentença?
— Não, mas…
— Então não me julgue. Se ele não vê problema em encarcerar seus inimigos sem uma causa justa para isso, o que acha que fará comigo? Ele me odeia!
— Meri, sei que é assustador, mas você… — Aspen tentou argumentar, com uma expressão de súplica.
Fiz um gesto para que ele parasse de falar.
— Faça o seu trabalho e me leve ao primeiro andar.
Ele engoliu em seco, virou para a frente e me ofereceu o braço novamente. Voltamos a andar, agora em silêncio.
No meio da escadaria, quando já ouvíamos o barulho das conversas, ele falou:
— Sempre me perguntei se eles seriam capazes de mudar você.
Não respondi. O que eu poderia dizer?
No vestíbulo, as outras garotas olhavam para o nada, movendo discretamente os lábios como se recitassem suas falas. Deixei Aspen e fui me juntar a elas.
Elise tinha falado tanto de seu vestido que senti como se já o tivesse visto antes. O dourado e o creme se entrelaçavam formando um modelo justo e sem mangas, com luvas douradas um tanto dramáticas. O presente que havia recebido de Maxon era feito de pedras escuras e opacas que ressaltavam seus cabelos lisos e seus olhos escuros.
Kriss mais uma vez tinha dado um jeito de personificar todos os ideais da nobreza. E de maneira tão natural que ela sequer parecia se esforçar. Seu vestido era acinturado, com uma saia rodada que parecia feita de pétalas. O colar e os brincos que Maxon lhe dera eram cintilantes, um pouco arredondados. Por um momento, fiquei triste por minhas joias serem tão simples.
O vestido de Celeste… Bom, certamente era inesquecível. Seu decote ousado parecia um pouco inadequado para a ocasião. Ela me flagrou observando, então apertou os lábios e deu de ombros.
Dei uma risada e levei a mão à testa, me sentindo um pouco enjoada. Respirei fundo na tentativa de me acalmar.
Celeste veio até mim, balançando seu ramo de oliveira a cada passo.
— O que houve?
— Nada. Só não estou me sentindo muito bem, acho.
— Não vomite — ela ordenou. — Não em mim, pelo menos.
— Não vou vomitar — garanti.
— Quem vomitou? — Kriss perguntou, entrando na conversa com Elise logo atrás.
— Ninguém — respondi. — Só estou cansada ou algo assim.
— Não vai demorar — Kriss disse para me consolar.
Vai demorar uma eternidade, pensei. Olhei para cada uma delas à minha volta. Será que eu faria o mesmo por elas? Talvez…
— Sejam sinceras: alguma de vocês se sente bem fazendo isso? — quis saber.
Elas se entreolharam ou fixaram os olhos no chão. Nenhuma respondeu.
— Então não vamos fazer — propus.
— Como assim? — Kriss questionou. — America, é uma tradição. Temos que fazer.
— Não, não temos. Não se todas decidirmos pelo contrário.
— O que poderíamos fazer? Não entrar no Grande Salão?
— É uma opção — comentei.
— Você quer que fiquemos lá sentadas e não façamos nada? — Elise perguntou, horrorizada.
— Não pensei ainda. Só sei que a Condenação não é uma boa ideia.
Notei que Kriss estava realmente considerando a questão.
— É um truque! — Elise acusou.
— O quê? — perguntei, chocada. De onde ela tinha tirado aquilo?
— Ela é a última. Se não fizermos nada antes, mas ela sim, vai parecer a obediente enquanto nós passaremos por idiotas — explicou Elise, com o ramo apontado para a minha cara.
— America?! — Kriss falou, com os olhos cheios de decepção.
— Não, eu juro. Não ia fazer isso!
— Senhoritas!
Nos viramos ao som da voz reprovadora de Silvia.
— Compreendo que estejam nervosas, mas não há motivo para gritar.
Ela encarou uma por uma, enquanto as três se entreolhavam e decidiam se iam ou não me acompanhar.
— Pois bem — Silvia começou. — Elise, você será a primeira, como ensaiamos. Celeste e Kriss vão em seguida. America, você será a última. Uma por vez, carreguem o ramo pelo tapete vermelho e o coloquem aos pés do rei. Depois, voltem e assumam seus lugares. O rei dirá algumas palavras e, então, a cerimônia terá início.
Ela se aproximou de um móvel sobre o qual havia uma pequena caixa, que mostrou a nós em seguida. Era um monitor de televisão que exibia tudo o que se passava dentro do Grande Salão. Estava magnífico. O tapete vermelho dividia o salão em dois: uma metade para a imprensa, outra para os convidados. Quatro assentos estavam reservados para nós. Ao fundo, os tronos esperavam a família real.
Enquanto assistíamos, a porta lateral do Grande Salão se abriu. O rei, a rainha e Maxon entraram ao som de aplausos e trombetas. Uma vez sentados, uma melodia mais lenta e solene começou a tocar.
— A hora é agora. Cabeça erguida — Silvia orientou.
Elise lançou-me um olhar afiado e avançou pelo corredor.
A música era salpicada pelo som de centenas de máquinas fotográficas. O resultado era um ritmo bem estranho. No entanto, Elise se saiu muito bem pelo que vimos no monitor de Silvia. Celeste foi em seguida, ajeitando o cabelo antes de sair. O sorriso de Kriss parecia absolutamente genuíno e natural durante seu desfile pelo tapete vermelho.
— America — sussurrou Silvia — sua vez.
Tentei não me preocupar e ver o lado positivo, mas percebi que não havia lado positivo. Estava prestes a passar por cima de algo em que acreditava ao punir alguém injustamente e atender a um desejo do rei de maneira simples e rápida.
O clique das câmeras, o brilho dos flashes, o burburinho da plateia: pude perceber tudo enquanto caminhava silenciosamente até a família real. Troquei um breve olhar com Maxon, que era um exemplo de calma. Seria pelos anos de disciplina ou por estar verdadeiramente feliz com aquilo? Sua expressão era reconfortante, mas tive certeza de que ele pôde notar minha ansiedade. Procurei um lugar vago para meu ramo de oliveira e fiz uma reverência antes de depositá-lo aos pés do rei. Mas não consegui encará-lo.
Logo que assumi meu lugar, a música parou, como era previsto. O rei Clarkson avançou até a beira do palco, cercado pelos ramos de oliveira.
— Senhoras e senhores de Illéa, hoje as últimas quatro belas jovens da Seleção estão aqui para se apresentar diante da lei. Nossas leis são a base de nossa nação, o fundamento da paz de que desfrutamos há tanto tempo.
Paz?, pensei. Só pode estar de brincadeira!
— Uma dessas jovens em breve estará diante de vocês não mais como plebeia, mas como princesa. E, uma vez parte da família real, será sua tarefa defender o que é direito, não para benefício próprio, mas para benefício do povo.
… e desde quando é isso que estamos fazendo agora?
— Por favor, aplaudam comigo a humildade que todas demonstram ao se submeter às leis e a coragem para fazê-las prevalecer.
O rei começou a bater palmas e a plateia se juntou a ele. O aplauso continuou à medida que ele se afastava. Corri os olhos pelos assentos das outras. O único rosto que pude ver bem foi o de Kriss. Ela deu de ombros e abriu um sorriso fraco antes de se virar mais uma vez para a frente e endireitar o corpo.
Um dos guardas à porta soou a trombeta.
— Chamamos o criminoso Jacob Digger à presença de Sua Majestade o rei Clarkson, de Sua Majestade a rainha Amberly e de Sua Alteza Real o príncipe Maxon.
Devagar, sem dúvida constrangido com o espetáculo, Jacob adentrou o Grande Salão. Com algemas nos pulsos, ele se escondia da luz das câmeras e fez uma reverência trêmula diante de Elise. Eu era incapaz de vê-la sem me inclinar demais, então decidi virar a cabeça de modo a escutar sua fala, a mesma que cada uma de nós deveria dizer.
— Jacob, qual é seu crime? — ela perguntou. Sua voz saiu muito bem, muito acima do normal.
— Roubo, senhorita — ele respondeu, humilhado.
— E qual a duração de sua pena?
— Doze anos, senhorita.
Devagar, sem chamar a atenção, Kriss olhou para mim. Quase sem mudar sua expressão, questionou o que se passava. Assenti com a cabeça.
Pequenos roubos, era o que nos tinham dito. Se fosse verdade, aquele homem seria açoitado no paço de sua cidade; no caso de prisão, dois ou três anos no máximo. Com duas palavras, Jacob confirmara todos os meus medos.
Discretamente, desviei o olhar para o rei. Não havia como não perceber seu prazer. Quem quer que fosse aquele homem, não era um ladrão qualquer. O rei deleitava-se com sua ruína.
Elise se levantou, caminhou até Jacob e pôs a mão em seu ombro. Ele não a olhara nos olhos até aquele momento.
— Vá, súdito fiel, e pague a dívida que tem com o rei — sua voz ecoou no salão silencioso.
Jacob concordou com a cabeça. Depois, olhou para o rei. Era visível que queria fazer alguma coisa. Queria lutar ou acusá-lo, mas não podia. Sem dúvida, alguém pagaria por qualquer erro que ele cometesse naquele dia. Jacob se pôs de pé e saiu do salão, enquanto o público aplaudia.
O próximo homem movia-se com dificuldade. Chegou a tropeçar e cair em seu caminho até Celeste. Um lamento coletivo soou pelo salão, mas antes que o homem pudesse angariar simpatia demais, dois guardas o levaram até Celeste. Para ser justa com ela, é preciso dizer que sua voz não estava tão firme como de costume ao ordenar que o homem pagasse sua dívida.
Kriss parecia equilibrada como sempre até seu criminoso se aproximar. Era mais jovem, talvez tivesse a nossa idade, e seus passos eram fortes, quase determinados. Quando se aproximou dela, pude ver uma tatuagem em seu pescoço. Lembrava uma cruz, embora aparentemente o tatuador tivesse errado um pouco a mão.
Kriss pronunciou bem sua fala. Quem não a conhecia seria incapaz de captar a ponta de arrependimento em sua voz. O salão aplaudiu, e ela voltou ao seu lugar, com o sorriso só um pouco menos radiante que o habitual.
Então o guarda berrou o nome de Adam Carver, e percebi que era minha vez. Adam, Adam, Adam: precisava gravar aquele nome. Eu precisava fazer aquilo, certo? As outras tinham feito. Maxon talvez perdoasse meu fracasso, e o rei nunca gostaria de mim de qualquer jeito. Porém, com certeza eu perderia o apoio da rainha, o que me deixava sem saída. Se eu queria ter alguma chance, precisava dar a sentença.
Adam era mais velho, talvez da idade do meu pai, e tinha algum problema na perna. Ele não caiu, mas levou tanto tempo para chegar até mim que tudo ficou bem pior. Eu queria acabar logo com aquilo.
Adam se ajoelhou diante de mim. Concentrei-me em minhas falas.
— Adam, qual é seu crime? — perguntei.
— Roubo, senhorita.
— E qual a duração de sua pena?
Adam limpou a garganta e disse:
— A vida inteira.
Cochichos tomaram conta do salão; as pessoas não estavam certas do que tinham acabado de ouvir. Eu também precisava de uma confirmação, embora odiasse ter que fugir do roteiro.
— Qual a duração?
— A vida inteira, senhorita — repetiu, quase chorando.
Lancei um olhar para Maxon. Ele parecia desconfortável. Sem palavras, pedi ajuda. Seu jeito de olhar para mim só confirmava sua tristeza por não poder me ajudar.
Antes de me voltar novamente para Adam, olhei para o rei, que rapidamente mudou de posição. Ainda tive tempo de vê-lo esconder um sorriso com a mão.
Ele tinha me sabotado.
Talvez suspeitasse que eu odiaria essa parte da Seleção e tivesse planejado tudo para que eu parecesse desobediente. Porém, mesmo se eu conseguisse fazer aquilo, que tipo de pessoa mandaria um homem para a prisão para sempre? Ninguém me amaria depois disso.
— Adam — eu disse, com a voz suave.
O homem levantou os olhos, que ameaçavam derramar lágrimas a qualquer momento. O burburinho na sala cessou completamente.
— Quanto você roubou? — perguntei.
As pessoas tentavam ouvir, mas era impossível.
Ele engoliu em seco e cravou os olhos no rei.
— Algumas roupas para minhas filhas.
— Mas não deve estar aqui por isso, certo? — falei rapidamente.
Em um movimento tão rápido que quase não percebi, Adam balançou a cabeça apenas uma vez, negando.
Era isso. Eu não podia fazer aquilo. Não podia fazer aquilo. Mas precisava fazer alguma coisa.
A ideia me veio do nada. Tive certeza de que era a única saída. Não sabia se ia conseguir a liberdade de Adam, e tentei não pensar na tristeza que aquilo me causaria. Era justo, e eu tinha que fazer.
Levantei-me e fui até Adam, tocando-o no ombro. Seu corpo contraiu-se, esperando que eu o mandasse para a prisão.
— Levante-se — eu disse.
Adam olhou para mim, confuso.
— Por favor — insisti, e tentei ajudá-lo, puxando suas algemas.
Adam percorreu o corredor comigo até o palco onde a família real estava. Ao chegar perto das escadas, voltei-me para ele e respirei fundo.
Tirei um dos belos brincos que Maxon tinha me dado, depois o outro. Pus os dois nas mãos de Adam, que permaneceu ali, perplexo, enquanto eu fazia o mesmo com minha linda pulseira. E depois – se era para valer, eu precisava dar tudo – levei as mãos à nuca e soltei meu colar de passarinho, que meu pai me dera. Esperava que ele estivesse vendo tudo e não me odiasse por me desfazer de seu presente. Depois de colocá-lo junto com a pulseira e os brincos, fechei as mãos de Adam sobre aquele pequeno tesouro. Então dei um passo para o lado, de modo que ele ficasse de frente para o rei Clarkson.
Apontei em direção aos tronos.
— Vá, súdito fiel, e pague a dívida que tem com o rei.
Houve sustos e murmúrios pelo salão, mas ignorei. Só conseguia ver a expressão amarga do rei. Se ele queria fazer um joguinho com meu caráter, eu estava pronta para dar o troco.
Adam lentamente subiu os degraus e pude perceber alegria e medo em seus olhos. Ao se aproximar do rei, ajoelhou-se e estendeu as mãos cheias de joias.
O rei Clarkson me fuzilou com os olhos; um aviso de que aquele não era o fim. No entanto, acabou por aceitar as joias.
A multidão foi ao delírio, e, quando me virei, notei que as outras garotas da Elite pareciam confusas. Adam se afastou do rei rapidamente, talvez com receio de que ele mudasse de ideia. Minha esperança era de que, com tantas câmeras filmando e tantos jornalistas escrevendo sobre o assunto, alguém o acompanharia para verificar se chegaria em casa.
Ao descer do palco, Adam tentou me abraçar, mesmo algemado. Chorou e me abençoou e, em seguida, saiu do salão parecendo o homem mais feliz da face da Terra.
America, America.... Acabou de assinar sua sentença de morte
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